História da ProSénior – Universidade Sénior de Paços de Ferreira

O objetivo da ProSénior é contribuir para o envelhecimento ativo e saudável, promovendo atividades culturais, educacionais e de convívio, num contexto de formação ao longo da vida, de forma informal. Oferecemos aos nossos alunos a oportunidade de descobrir novos horizontes e adquirir novos saberes.

Para frequentar a ProSénior não há exigência de grau de escolaridade. O que importa é ter mais de 50 anos e o desejo de aprender coisas novas, conviver com amigos e partilhar experiências.

As atividades da ProSénior são variadas e incluem concertos, seminários, workshops, momentos de convívio e lazer, visitas de estudo e aulas em 27 disciplinas diferentes. As disciplinas são lecionadas por professores voluntários e abrangem áreas como Línguas Estrangeiras, Português e Literatura, Artes, Artesanato, Música, Tecnologia, Saúde, Desporto e Bem-Estar.

Embora a ProSénior não tenha iniciado com um grupo musical, rapidamente um grupo de alunas que já tocavam cavaquinho e gostavam de cantar se reuniu, formando-se, a partir daí, a nossa Tuna, em fevereiro de 2006, sob a orientação de Paulo Santos, na altura um jovem de 22 anos que se juntou à equipa de voluntários. Um ano depois, a Tuna já participou no Festival de Grupos Musicais da RUTIS, promovido em Almeirim, conquistando um honroso segundo lugar. Nos anos seguintes, garantiu consecutivamente o primeiro lugar do pódio.

Desde 2009, o maestro da Tuna é o Sr. Agostinho Carneiro, que chegou à universidade sénior como aluno num momento difícil da sua vida, quando foi aconselhado a envolver-se com a música. Desde pequeno, gostava de tocar instrumentos em festas e bailes de aldeia. Veio então a assumir o papel de professor voluntário e dirigente da Tuna da ProSénior, ensinando também outras três disciplinas de Cordofones. Segundo o Prof. Agostinho, dar aulas de música tornou-se uma das experiências mais gratificantes da sua vida.

O coordenador da ProSénior, Jorge Diogo Oliveira, foi o mentor deste projeto inovador, inexistente em Paços de Ferreira e na região do Tâmega e Sousa. A sua ligação à Profisousa, instituição que acolhe a universidade sénior, começou em outubro de 2002, quando, recém-licenciado em Português e Alemão, frequentou uma formação de informática nesta instituição. Em fevereiro de 2003, a Profisousa ofereceu-lhe o seu primeiro emprego como formador num Centro de Educação e Formação de Adultos. Dois anos depois, inspirado pela experiência de seus pais, recentemente aposentados, Jorge propôs a criação da ProSénior em Paços de Ferreira, integrando-a nas valências da Profisousa, onde o projeto se destacou desde logo pelo seu elevado impacto pessoal e social.

Desde o início, o projeto contou com o apoio da Profisousa e da Câmara Municipal de Paços de Ferreira. A convite da direção da Profisousa, a Prof.ª Rosalina Oliveira, uma figura de grande destaque na comunidade, assumiu, durante 8 anos, o cargo de Reitora da Universidade. O papel da Prof.ª Rosalina foi essencial, especialmente na angariação de professores voluntários e novos alunos, bem como na promoção da universidade na comunidade de Paços de Ferreira, conferindo à ProSénior grande capacidade de integração.

O modelo adotado para a criação da ProSénior foi o da Universidade Sénior de Almeirim, frequentada pelos pais de Jorge Diogo Oliveira e que teve um papel crucial na transição destes para a reforma. A ProSénior integra, desde a sua fundação, a RUTIS – Rede de Universidades da Terceira Idade, que teve desde logo um papel fundamental na consolidação do projeto, promovendo formação para gestores e dirigentes de universidades seniores e organizando diversas atividades, como o Encontro de Grupos Musicais, o Encontro Nacional e eventos desportivos.

Efetivamente, a ProSénior tem comprovado ser um projeto de sucesso para a faixa etária acima dos 50 anos, contribuindo para o bem-estar da população sénior ainda autónoma. Ajudando a combater a solidão, criando rotinas e, através do conjunto de atividades que promove, contribui significativamente para a saúde dos seus alunos. De acordo com um estudo refletido na tese de doutoramento de Luís Jacob, Presidente da RUTIS, “as Universidades Seniores melhoram, de forma significativa, a saúde física e mental dos seus utilizadores; diminuem o consumo de medicamentos; promovem a atividade física; melhoram os conhecimentos globais de saúde e reduzem os índices de depressão e ansiedade”.

O nosso mote: “O Saber não tem Idade!”

Maria da Luz Meireles

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